Com base nos dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) divulgados no último dia 11/04, é evidente um crescimento significativo nas ofertas relacionadas ao Mercado de Capitais durante o 1º trimestre de 2024. Neste artigo, exploraremos números e detalhes dessa expansão.

Somando os meses de janeiro, fevereiro e março de 2024, o volume captado pelo Mercado de Capitais chegou a R$ 130,9 bilhões, o que representa um crescimento de 91% em relação ao mesmo período de 2023, considerado um recorde.

Segundo a Anbima, em janeiro de 2024 as ofertas no Mercado de Capitais atingiram R$ 20,71 bilhões. Embora, em relação a janeiro de 2023, tenha havido uma queda de 22% em volume, houve alta de 41,9% na quantidade de operações, o que pode indicar interesse em diversos setores.

Em fevereiro de 2024, as ofertas no Mercado de Capitais atingiram R$ 43,2 bilhões, um crescimento bastante significativo de 170,9% em relação a fevereiro de 2023.

Só em março deste ano, o volume de captações chegou a R$ 66 bilhões, uma alta de 49% em comparação com fevereiro deste ano.

O ótimo desempenho do Mercado de Capitais no 1º trimestre do ano foi puxado pelas ofertas de Renda Fixa, que chegaram a R$ 114,1 bilhões, o maior patamar já registrado em um 1º trimestre.

O volume representou um crescimento de 98% em relação ao 1º trimestre de 2023.

O crescimento de diversos meios de captação nos primeiros meses de 2024 pode indicar o grande potencial do Mercado de Capitais, em um momento de incerteza sobre a taxa Selic e no qual os investidores procuram diversificar suas carteiras.

Confira a seguir mais alguns dados comparativos entre o 1º trimestre de 2024 e de 2023 em relação às ofertas de Debêntures, CRIs, CRAs, FIDCs e FIIs.

Debêntures lideraram a captação em janeiro, fevereiro e março de 2024

No 1º trimestre de 2024, as ofertas de Debêntures lideraram as captações no Mercado de Capitais, chegando a R$ 71,9 bilhões, um crescimento de 94% em comparação com o 1º trimestre de 2023.

As Debêntures incentivadas também tiveram o melhor 1º trimestre desde 2018, com volume de captações de R$ 19,9 bilhões.

Durante este período, 38,5% dos recursos foram destinados para gestão ordinária, e 27,6% para infraestrutura. Os fundos de investimentos corresponderam a 52,8% do volume subscrito.

Só no mês de março de 2024, as Debêntures atingiram o maior volume mensal já registrado, totalizando R$ 41,1 bilhões. As Debêntures tradicionais corresponderam a R$ 29,7 bilhões deste valor total, e as incentivadas a R$ 11,4 bilhões.

Em janeiro de 2024, as Debêntures haviam somado R$ 8,28 bilhões, o que representou uma queda de 55,7% em relação a janeiro de 2023.

Neste mesmo mês, 23,4% dos recursos foram destinados para investimentos em infraestrutura e 12,5% para gestão ordinária.

Quando consideramos o mês de fevereiro de 2024, as ofertas de Debêntures tiveram uma alta bastante notável de 237,1% em relação a fevereiro de 2023, chegando a R$ 22,4 bilhões.

Como ficaram os CRIs no 1º trimestre?

As ofertas de CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) chegaram a R$ 15,1 bilhões no 1º trimestre de 2024, uma alta muito expressiva de 162,1% em comparação com o 1º trimestre de 2023.

No mês de janeiro de 2024, os CRIs atingiram R$ 3,59 bilhões, um aumento significativo de 283,9% em relação a janeiro de 2023.

Enquanto em fevereiro de 2024, esses mesmos títulos somaram R$ 7,4 bilhões, um crescimento notável de 305,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.

E, por fim, em março de 2024, as emissões de CRIs totalizaram R$ 3,5 bilhões, o que representou uma alta de 16,6% em comparação com março de 2023.

Como ficaram os CRAs no mesmo período?

Os CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) tiveram uma alta muito significativa de 133,3% no 1º trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período do ano de 2023, atingindo R$ 12,5 bilhões.

Ao final de janeiro de 2024, os CRAs chegaram a R$ 1,52 bilhão, um crescimento expressivo de 110,9% em relação a janeiro de 2023.

Em fevereiro de 2024, totalizou R$ 3,6 bilhões, um aumento de 54% em relação ao mesmo mês de 2023.

Já em março de 2024, as emissões de CRAs somaram R$ 7,4 bilhões, uma alta bastante significativa de 221% em relação a março do ano passado.

FIDCs tiveram alta no 1º trimestre

Quando falamos sobre os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios), nos deparamos com o valor de R$ 11,07 bilhões no 1º trimestre de 2024, uma alta de 81% em comparação com o 1º trimestre de 2023.

Analisando o mês de janeiro de 2024, os FIDCs atingiram R$ 2,96 bilhões, um crescimento de 34,2% em relação a janeiro de 2023.

E em fevereiro de 2024, esses fundos chegaram a R$ 2,5 bilhões, um aumento de 74,3% em relação a fevereiro de 2023.

Em março de 2024, os FICDs totalizaram R$ 5,37 bilhões, o que representou uma alta expressiva de 116,5% em relação ao mesmo período de 2023.

FIIs também foram destaque no período

No 1º trimestre de 2024, os FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário) tiveram um crescimento muito significativo de 226,4% em comparação com o 1º trimestre de 2023, totalizando R$ 12,8 bilhões.

As ofertas de FIIs atingiram R$ 3,1 bilhões em janeiro de 2024, um aumento de 103,4% em comparação com janeiro de 2023.

Esses fundos também tiveram uma alta expressiva em fevereiro de 2024, pois chegaram a R$ 4,0 bilhões, um crescimento de 123,9% em comparação com fevereiro de 2023.

Já em março de 2024, os FIIs registraram captação de R$ 5,7 bilhões, um aumento impressionante de 851% em comparação com o mesmo mês do ano passado.

Esse crescimento das ofertas do Mercado de Capitais apresentado no 1º trimestre de 2024 demonstra um grande potencial para o decorrer deste ano, e a Cartos oferece diversas soluções de Banking as a Service (BaaS) e Credit as a Service (CaaS) para este setor.

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