O PIB brasileiro em 2023

De acordo com o balanço “Economia Brasileira 2022-2023”, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o PIB brasileiro deve crescer 1,6% em 2023. Para 2022, o previsto foi de 2,8%, mas este índice foi revisto e deve atingir 2,9%.

Os dados sugerem desaceleração no primeiro semestre de 2023, pois os juros ainda estão altos, ainda há inflação e também um menor crescimento mundial no geral.

Entretanto, vários setores da economia brasileira têm grandes expectativas de superar esse cenário e crescer bastante ano que vem.

Destacamos 6 que prometem aquecer os nossos mercados e alavancar nossa economia em 2023. Confira a seguir a lista!

Os setores que esperam crescer

SERVIÇOS

O setor de serviços, que engloba prestação de serviços em geral e comércio, foi uma das principais forças da economia no país em 2022. Segundo a CNI, esse crescimento deve influenciar 2023.

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), por exemplo, estima que o setor deve crescer 8% em relação a 2019 e 5% em relação a 2021.

Em novembro deste ano, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou que o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) foi o maior desde 2011.

TURISMO

O turismo também está otimista para 2023. O boletim da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa) mostra que o setor espera crescimento de 56,3% em relação a 2022.

Essa alta projeção se deve aos excelentes números do terceiro trimestre deste ano, em que mais da metade das empresas de turismo conseguiram elevar em 100% ou mais o faturamento em relação ao mesmo período de 2021.

AGRONEGÓCIO

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) projeta para 2023 crescimento de até 2,5% no PIB do setor em relação a 2022.

A estimativa é muito promissora, mas, para atingir essa meta, o setor precisará enfrentar alguns desafios ano que vem, como a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, a desaceleração do PIB mundial, os altos custos de produção e as políticas do novo governo federal, que ainda estão incertas.

De janeiro a novembro de 2022, o agronegócio foi responsável por quase metade das vendas externas totais do país (48%). O setor espera um aumento de 15,5% na safra de grãos durante o período 2022/2023, 42 milhões de toneladas a mais do que em 2021/2022.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Com 430 mil novas vagas de trabalho abertas entre março de 2020 e maio de 2022 e crescimento de 3% das obras e projetos no primeiro semestre de 2022, o setor de construção civil é um dos mais otimistas para 2023. Os dados são da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Segundo levantamento da Prospecta Analytica, o setor deve crescer 4,5% no ano que vem, impulsionado, principalmente, pela estabilização dos preços dos materiais. A expectativa é que, com essa melhora na economia, o consumidor se sinta mais confiante para comprar e financiar imóveis.

Em 2023, os destaques do setor devem ser as obras de planta baixa, sobretudo as construções residenciais e as reformas.

SIDERURGIA

Segundo a Aço Brasil, a produção de aço bruto no país deve chegar a 35,3 milhões de toneladas em 2023, aumento de 2% em relação a 2022.

Ano que vem devem ser vendidas 20,6 milhões de toneladas para o mercado interno (crescimento de 1,9% em relação ao ano de 2022), e 23,7 milhões de toneladas devem ir para o consumo aparente (crescimento de 1,5% em relação ao mesmo período).

LOCAÇÃO DE VEÍCULOS

Com a regularização da produção de veículos em 2022, as locadoras passaram a comprar 20% da frota que sai das linhas de montagem. E esse número chegou a 35% nos últimos meses, uma marca histórica.

Diante desses dados, a Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA) não esconde o otimismo para 2023: a estimativa é de que o setor cresça 20,7% em relação a este ano.

Desta forma, vemos que os setores acima apresentam perspectivas muito positivas para o ano de 2023, sendo um ótimo cenário para empresários e investidores destas áreas. Que venha 2023!