Cresce a preferência pelo QR Code como forma de pagamento nas compras on-line
A pandemia ensinou muitas lições para os consumidores e as empresas. Uma delas é a de que o modelo tradicional de vendas - em que o cliente vai até a loja física escolher o que deseja - faz parte do passado. Pelo menos para as grandes redes. Impulsionadas pela tecnologia, especialmente a de dados, as empresas estão investindo em modernidades a exemplo do QR Code como estratégia de vendas on-line.
Uma rede que tem apostado nisso é O Boticário que, em São Paulo, mantém dois grandes painéis, espécie de vitrine de fotos de produtos com QR Code, em duas estações de metrô da cidade. O cliente que deseja comprar algum dos produtos listados, escolhe, mira a câmera e os itens são direcionados para o carrinho de compras para finalizar o pedido. Aí, é só aguardar a compra em casa, com frete grátis.
Além da necessidade de ficar presente em uma quantidade cada vez maior de canais on-line, essa é uma alternativa que está em sintonia com o que o consumidor deseja. Pesquisa recente do Facebook IQ revela que, no mundo todo, 81% dos consumidores mudaram seus hábitos de compras. Para a maioria, as compras on-line, mesmo após a pandemia, vieram para ficar.
Na mesma esteira de O Boticário, Mercadolivre, Americanas e Magazine Luíza, entre os grandes do varejo, têm o QR code como uma das opções de pagamento. Até mesmo cursos na plataforma Udemy já podem ser pagos dessa maneira.
Tecnologia na palma da mão
O funcionamento é muito simples. O QR Code (em português, código de resposta rápida) é a versão moderna do código de barras, que concentra as informações do produto que está à venda. A maioria dos celulares modernos consegue "ler e interpretar" os dados do QR Code para realizar o pagamento. Em geral, após a leitura, o cliente é direcionado a uma página de pagamentos ou para a carteira digital da loja ou da empresa.
Nesse novo contexto de compras, os celulares se destacaram como os protagonistas do comércio on-line. Pesquisa da Mobile Time/Opinion Box, divulgada em maio deste ano, mostrou que as compras usando QR Code e o celular tiveram crescimento expressivo em comparação ao levantamento do último semestre. A proporção de quem fez compras com celular e QR Code pulou de 35% para 48%.
Especialistas acreditam que o futuro do varejo e do comércio eletrônico está intimamente ligado ao QR Code e a esses aparelhos - que, por sua vez, estão cada vez mais modernos, seguros e funcionais.
Empresas que não adequarem seus meios de pagamento e estratégias de venda vão ficar para trás. É certo que a tecnologia chegou para reduzir a distância entre a mão do consumidor e o produto que ele deseja.